Na Ásia, América e Europa está em curso a dotação de “inteligência” às cidades. Um caso de participação nesse movimento global, e assim também de ilustração do conceito “cidade inteligente”, é a iniciativa Aveiro Tech City com os seus diversos projetos e atividades. Os benefícios potenciais dessas tecnologias são entusiasmantes. Mas a primeira condição da sua realização será enjeitarmos, desde o início, a atitude “tecnomágica” que atribui à tecnologia a virtualidade de resolver sem custos tendencialmente quaisquer problemas ou limitações humanas. Contra a tecnomagia, na IA daqueles processos digitais reconhecem-se os enviesamentos humanos e as incongruências que aqui introduzi há dias. Os quais (enviesamentos), como também aí procurei assinalar, põem particularmente em risco a liberdade “negativa” (ausência de imposições) dos habitantes destas cidades, enquanto todavia podem facultar uma maior liberdade “positiva” (capacitação) destes últimos. Neste período de reflexão c...
"By taking up technologies, humans left the non-technological Garden to inherit the Earth" - Don Ihde, Technology and the Lifeworld, 1990, p. 14