Da COP27 a Bayu-Undan – limiares éticos para a captura e armazenamento de carbono

Desta vez, notícias sobre a COP – a 27ª, em Sharm El Sheick - não abriram sucessivos noticiários. As atenções estavam antes focadas na ASEAN e ainda na Ucrânia. Ou (não exclusivo) os spin doctors começam a achar preferível que as imagens dos governantes se não desgastem numa encenação que, repetida há já mais de um quarto de século, começa a saber a sopa requentada. Talvez melhor assim. Que a dissolução daqueles exercícios retóricos porventura facilitará a disposição para decisões sobre empreendimentos que, efetivamente, façam a diferença. Como as que se jogarão na exposição de Carbon Capture Technology, já em preparação para Bremen em setembro do próximo ano. Ou, antes ainda, o projeto de captura e armazenamento de carbono (CAC) no bloco offshore Bayu-Undan, em Timor-Leste. Mas comecemos pelo princípio, que é nestes que medram os mais fundos enviesamentos a quaisquer resoluções dos problemas dados. Um problema, dois equacionamentos O problema climático é conhecido: constitui-...